terça-feira, 6 de abril de 2010

Pedofilia...caberia uma reflexão melhor embasada?

Fala galera, beleza?

Reativando o blog este ano reuni uns artigos e dados e artigos sobre a “questão” da pedofilia e os Padres. Vale para refletir!
Fogão campeão já na Taça Rio!!!!

Vlw

Armandão

Pedofilia na Igreja? Só nela? E o meu amigo Polanski vai ser canonizado pela Comunidade Mediática? Seria Sir Polanski ou Saint Polanski?
Segue uns dados e um texto interessante que saiu na CNN sobre pedofilia na Igreja Católica (se puderem, retransmitam aos seus amigos e familiares), além de outros textos!

Números da pedofilia na Igreja: análise pé-no-chão.

No estudo de John Jay College of Criminal Justice, em 42 não foram condenados 54 padres. Nos EUA os padres e religiosos (monges, frades) são 110 mil.
No mesmo período, houve 6.000 condenações de professores de educação física e treinadores, declarados culpáveis por pedofilia nos tribunais dos EUA. São pessoas casadas. Não há, portanto, relação entre celibato e pedofilia.
Na Alemanha: desde 1995, são 94 casos de suspeita sob um total de 210 mil padres e religiosos. No mesmo período, há 210 mil casos de suspeita do mesmo delito por parte de todo tipo de pessoas da sociedade civil.
Na Irlanda, no sistema escolar, o Informe Ryan contabiliza, desde 1914, 1090 casos de violência (não só sexual, mas física e psicológica por todo tipo de pessoas). Os religiosos acusados de abuso sexual de meninos foram 23.
No mundo inteiro: 300 casos de pedofilia entre os sacerdotes num universo de 400 mil sacerdotes.

A crítica à Igreja Católica é injusta

BILL DONOHUE – especialmente para o CNN
19 de março de 2010.

A série de relatos sobre o abuso sexual de padres na Europa, especialmente na Irlanda e na Alemanha, colocou muitos católicos na defensiva. Não deveria ser assim. Embora o abuso sexual em qualquer de suas formas é indefensável, a política que se montou em torno desses relatos também o é.

Empregadores, dos mais variados tipos, tanto nos EUA como na Europa, têm sempre tratado supostos casos de abuso sexual como um assunto interno. Raramente, eles têm chamado a polícia e de nenhum deles se exigiu isso. Embora essa atitude com relação ao abuso sexual está mudando, qualquer discussão envolvendo abusos sexuais acontecidos há 30 e 40 anos, sempre foi tratada dessa forma. Por isso não é de estranhar que o Cardeal Sean Brady da Irlanda não tenha chamado as autoridades no caso de um padre nos anos 70. O que é de estranhar é o fato de alguns o acusarem agora, como se a sua reação tivesse sido uma exceção à regra.

A indignação seletiva contra a Igreja Católica não se restringe a Brady. Por que, por exemplo, os psicólogos e psiquiatras, que garantiram “curar” os transgressores, são tratados de maneira tão light? Afinal, tanto os empregadores do mundo corporativo como a Igreja Católica eram reiteradamente informados de que a terapia funcionava e que deveriam dar ao transgressor uma segunda chance.

Na realidade, afirmava-se na época que a recuperação não apenas funcionava, mas era um ato necessário e virtuoso. Que esse tipo de atitude representou um grandíssimo exagero é, só agora, opinião corrente. E é precisamente nessa negação agora de quão forte e universalmente aceito tinha sido esse ideal de recuperação, que se nota o aspecto político da onda atual. Se a Igreja Católica tivesse simplesmente expulso os transgressores, teria sido considerada cruel, sem coração e desalmada.

Faz-se agora também muito barulho em torno do Cardeal Joseph Ratzinger – atualmente Papa - por ter aprovado o envio de um padre de sua arquidiocese para tratamento. Isso ocorreu 30 anos atrás. Ele fez, sublinhamos de novo, exatamente o que qualquer autoridade religiosa ou leiga fazia naquele anos.

Qualquer pessoa que afirme de que nos EEUU ou na Europa, era comum que empregadores – não pertencentes à Igreja Católica – denunciassem criminalmente os seus supostos empregados transgressores, deveria calar a boca.

Além das questões acima levantadas, o foco sobre abuso sexual na Igreja está radicalmente desproporcional ao que a mídia dedica ao abuso sexual de menores quando cometidas por religiosos não católicos. De acordo com um relatório do New York Times de outubro, o promotor público do bairro de Brooklyn entrou na justiça com a queixa-crime de 26 casos de abuso sexual envolvendo a ultra-ortodoxa comunidade judaica.

Justo este mês, o Rabino Baruch Lebovits foi condenado por ter abusado sexualmente oito vezes de um menino de Brooklyn. Todavia, o NYT que publicou vários artigos sobre abusos sexuais cometidos décadas atrás na Irlanda e na Alemanha, não escreveu sobre isso sequer uma palavra. E, se publicados, nunca teriam uma cobertura tão extensa como é dada aos casos envolvendo sacerdotes católicos.

Professores da rede pública acusados de abuso sexual são transferidos para escolas de outra comunidade – isso é tão comum que leva o nome de “transferindo o lixo” – ou ficam restritos a funções burocráticas. Tanto os sindicatos de professores como a lei estadual permitem que isso continue. Se a mídia se concentrasse nesse problema, quem sabe, as soluções apareceriam. Mas conhecendo a prática atual, isso é pouco provável. É mais bacana crucificar a Igreja Católica.

Essa hiper-concentração na Igreja Católica não é acidental. A Igreja prega a ética da castidade – uma ideia profundamente contracultural – então se um sacerdote cai é grande a tentação de lançar sobre isso a poderosa luz dos holofotes. Conhecendo a natureza humana, isso é compreensível. Mas também é imoral. Convenhamos, se o abuso sexual é iníquo, então não deveria fazer diferença qual é a identidade do transgressor. A justiça seletiva é a forma mais radical de injustiça.

Igreja - informação versus campanha
05 de abril de 2010 | 0h 00
CARLOS ALBERTO DI FRANCO - O Estado de S.Paulo
A imprensa brasileira tem noticiado a respeito da crise que fustiga a Igreja Católica com razoável serenidade e equilíbrio. Os casos de abuso sexual protagonizados por clérigos são, de fato, matéria jornalística inescapável. O que me impressiona, e muito, é a perda do sentido informativo e o inequívoco tom de campanha assumido por alguns jornais norte-americanos.

Infelizmente, os casos reais de abuso sexual, ocorridos nas últimas décadas, mesmo que tenham sido menos numerosos do que fazem supor certas reportagens, são inescusáveis. Nada pode justificar nem atenuar crimes abomináveis como o estupro e a pedofilia. Um só caso de pedofilia, praticado na Igreja Católica por um padre, um religioso ou uma religiosa, é sempre demais, é inqualificável.
Mas jornalismo não pode ser campanha. Devemos, sem engajamentos ou editorialização da notícia, trabalhar com fatos. Só isso nos engrandece. Só isso dá ao nosso ofício credibilidade e prestígio social. Pois bem, amigo leitor, vamos aos fatos.
O Vaticano recebeu 3 mil denúncias de abuso sexual praticado por sacerdotes nos últimos 50 anos. Segundo monsenhor Scicluna, chefe da comissão da Santa Sé para apuração dos delitos, 60% dos casos estão relacionados com práticas homossexuais, 30% com relações heterossexuais e 10% dos casos podem ser enquadrados como crimes de pedofilia. Os números reais de casos de pedofilia na Igreja são, portanto, muito menores.
Os abusos têm sido marcadamente de caráter homossexual e refletem um grave problema de idoneidade para o exercício do sacerdócio. Afinal, uma instituição que há séculos defende o celibato sacerdotal tem o direito de estabelecer os seus critérios de idoneidade, o seu manual de instruções para a seleção de candidatos. Quem entra sabe a que veio. É tudo muito transparente. Quem assume o compromisso o faz livremente. O que não dá, por óbvio, é para ficar com um pé em cada canoa. E foi exatamente isso o que aconteceu. A Igreja está enfrentando as consequências de anos e anos de descuido, covardia e negligência dos bispos na seleção e formação do clero.
Philip Jenkins, um especialista não católico de grande prestígio, publicou o estudo mais sério sobre a crise. Pedophiles and Priests: Anatomy of a Contemporary Crisis (Oxford, 214 págs.) é o mais exaustivo estudo sobre os escândalos sexuais que sacudiram a Igreja Católica nos Estados Unidos durante a década de 1990. Segundo Jenkins, mais de 90% dos padres católicos envolvidos com abusos sexuais são homossexuais. O problema, portanto, não foi ocasionado pelo celibato, mas por notável tolerância com o homossexualismo, sobretudo nos seminários dos anos 70, quando foram ordenados os predadores sexuais que sacudiram a credibilidade da Igreja.
O autor não nega o óbvio: que existiram graves desvios; e, mais, que os bispos fracassaram no combate aos delitos. Jenkins, no entanto, mostra como os crimes foram amplificados com o objetivo de desacreditar a Igreja. A análise isenta dos números confirma essa percepção. Na Alemanha, por exemplo, existiram, desde 1995, 210 mil denúncias de abusos. Dessas 210 mil, 300 estavam ligadas a padres católicos, menos de 0,2%. Por que só as 300 denúncias contra a Igreja repercutem? E as outras 209 mil denúncias? Trata-se, sem dúvida, de um escândalo seletivo.
As interpretações e as manchetes, em tom de campanha, não batem com o rigor dos fatos. Vamos a um exemplo local. Reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo, de 18/5/2009, página C4, abria com o seguinte título: Triplica o número de vítimas de abuso atendidas nas zonas sul e leste. E acrescentava ao título: Desde outubro, a média de novos casos passou de dez por mês para um por dia. Mesmo que o estudo se cinja às zonas leste e sul da cidade de São Paulo, por somarem milhões de habitantes, não deixa de ser uma amostra muito expressiva.
Trata-se de uma pesquisa realizada por várias ONGs de provada seriedade. Aponta como "novidade desconcertante" o fato de que "pais biológicos são a maioria entre agressores e, agora, avós também começam a aparecer neste grupo". No elenco da Rede Criança de Combate à Violência Doméstica, todos ou a quase totalidade dos agressores sexuais são casados. Por que então o empenho em fazer crer que os principais protagonistas de abusos sexuais são padres, e em atribuir a causa dos crimes ao seu compromisso celibatário?
Tentou-se, recentemente, atingir o próprio papa. Como lembrou John Allen, conhecido vaticanista e autor do livro The Rise of Benedict XVI, em recente artigo no The New York Times, o papa fez da punição aos casos de abuso uma prioridade de seu pontificado. "Um de seus primeiros atos foi submeter à disciplina dois clérigos importantes contra os quais pesavam denúncias de abuso sexual há décadas, mas que tinham sido protegidos em níveis bastante altos. Ele também foi o primeiro papa da história que tratou abertamente da crise." Bento XVI tem sido, de fato, firme e contundente.
Em recente carta ao Corriere della Sera, o senador italiano Marcello Pera, um laico no mais genuíno sentido italiano da palavra, assumiu a defesa do papa e foi ao cerne da polêmica. "Desencadeou-se uma guerra. Não propriamente contra a pessoa do papa, pois seria inviável. Bento XVI tornou-se invulnerável por sua imagem, sua serenidade, sua clareza e firmeza." A guerra continuará, "entre outras razões, porque um papa como Bento XVI, que sorri, mas não retrocede um milímetro, alimenta o embate".
Precisamos informar com o rigor dos fatos. Mas devemos, sobretudo, entender o que se esconde por trás de algumas manchetes e de certas interpretações.

DOUTOR EM COMUNICAÇÃO PELA UNIVERSIDADE DE NAVARRA, PROFESSOR DE ÉTICA, É DIRETOR DO MASTER EM JORNALISMO (WWW.MASTEREMJORNALISMO.ORG.BR) E DA DI FRANCO - CONSULTORIA EM ESTRATÉGIA DE MÍDIA (WWW.CONSULTORADIFRANCO.COM) E-MAIL: DIFRANCO@IICS.ORG.BR

Padres pedófilos: um pânico moral
Por Massimo Introvigne
Por que se volta a falar de padres pedófilos, com acusações que se referem à Alemanha, a pessoas próximas ao Papa e agora até mesmo ao próprio Papa? Será que a sociologia tem algo a dizer a respeito ou deve deixar o caminho livre para os jornalistas? Creio que a sociologia tem muito a dizer, e que não deve ficar quieta por medo de desagradar este ou aquele. A discussão atual sobre padres pedófilos – considerada do ponto de vista sociológico – representa um exemplo típico de “pânico moral”. O conceito nasceu nos anos 1970 para explicar como alguns problemas são objeto de uma “hiperconstrução social”. Mais precisamente, os pânicos morais foram definidos como problemas socialmente construídos, caracterizados por uma amplificação sistemática dos dados reais, seja na exposição midiática, seja na discussão política. Duas outras características foram mencionadas como típicas dos pânicos morais. Em primeiro lugar, problemas sociais que existem há décadas são reconstruídos na narrativa midiática e política como “novos”, ou como objeto de um suposto e dramático crescimento recente. Em segundo lugar, a sua incidência é exagerada por estatísticas folclóricas que, mesmo não confirmadas por estudos acadêmicos, são repetidas pelos meios de comunicação e podem suscitar campanhas midiáticas persistentes. Philip Jenkins assinalou o papel dos “empreendedores morais” – cujas agendas nem sempre são declaradas – na criação e gestão dos pânicos. Os pânicos morais não fazem bem a ninguém. Eles distorcem a percepção dos problemas e comprometem a eficácia das medidas que deveriam resolvê-los. Uma análise errada não pode produzir senão uma intervenção errada. Que fique claro: os pânicos morais têm na sua origem circunstâncias objetivas e perigos reais. Não inventam a existência de um problema, mas exageram suas dimensões estatísticas. Numa série de valiosos estudos, o mesmo Jenkins mostrou como a questão dos padres pedófilos talvez seja o exemplo mais típico de um pânico moral. Estão presentes de fato os dois elementos característicos: um dado real na origem, e uma exageração desse dado por obra de ambíguos “empreendedores morais”. Primeiro, o dado real na origem: existem padres pedófilos. Alguns casos são ao mesmo tempo desconcertantes e repugnantes, foram objeto de condenações definitivas e os próprios acusados nunca se disseram inocentes. Estes casos – nos EUA, na Irlanda, na Austrália – explicam as severas palavras do Papa e o seu pedido de perdão às vítimas. Mesmo se os casos fossem apenas dois – e, infelizmente, são muitos – isto já seria demais. Mas já que pedir perdão – apesar de nobre e oportuno – não basta, sendo necessário evitar que os casos se repitam, não é indiferente saber se os casos são dois, duzentos ou vinte mil. E tampouco é irrelevante saber se o número de casos entre sacerdotes e religiosos católicos é mais ou menos numeroso do que entre outras categorias de pessoas. Os sociólogos frequentemente são acusados de trabalhar sobre números frios, esquecendo que por trás de cada número há um caso humano. Mas os números, embora não sejam suficientes, são necessários. São o pressuposto de toda análise adequada. Para entender como de um dado tragicamente real se passou a um pânico moral é necessário saber quantos são os padres pedófilos. Os dados mais amplos foram coletados nos EUA, onde, em 2004, a Conferência Episcopal encomendou um estudo independente ao John Jay College of Criminal Justice da City University of New York, que não é uma universidade católica e é unanimemente econhecida como a mais autorizada instituição acadêmica dos EUA em matéria de criminologia. Esse estudo nos diz que de 1950 a 2002, num universo de 109.000, 4.392 sacerdotes americanos foram acusados de ter relações sexuais com menores. Desses, pouco mais de uma centena foram condenados por tribunais civis. O baixo número de condenações por parte do Estado deriva de diversos fatores. Em alguns casos as verdadeiras ou supostas vítimas denunciaram sacerdotes já mortos, ou foram consumados os prazos de prescrição. Em outros, à acusação e à condenação canônicas não corresponde nenhuma violação a qualquer lei civil: é o caso, por exemplo, em diversos Estados americanos, do sacerdote que tinha uma relação consensual com uma – ou mesmo um – menor com mais de 16 anos. Mas também aconteceram muitos casos clamorosos de sacerdotes inocentes acusados. Esses casos foram multiplicados nos anos 1990, quando alguns escritórios de advocacia perceberam que poderiam obter transações milionárias com base em meras suspeitas. Os apelos à “tolerância zero” são justificados, mas também não deveria haver qualquer tolerância com quem calunia sacerdotes inocentes. Acrescento que em relação aos EUA as cifras não se alterariam de forma significativa se somássemos o período 2002-2010, pois o estudo feito pelo John Jay College já observava o “declínio claríssimo” dos casos no ano 2000. Os novos inquéritos são poucos, e as condenações pouquíssimas, graças a medidas rigorosas introduzidas seja pelos bispos americanos, seja pela Santa Sé. O estudo do John Jay College nos diz que quatro por cento dos sacerdotes americanos são pedófilos? De modo algum. Segundo aquela pesquisa, 78,2% das acusações se referiam a menores que haviam superado a puberdade. Manter relação sexual com uma menina de 17 anos não é certamente “una bella cosa”, muito menos para um padre: mas não se trata de pedofilia. Portanto, ao longo de cinqüenta e dois anos, os sacerdotes acusados de pedofilia nos EUA são 958, dezoito por ano. As condenações foram 54, pouco mais de uma por ano. O número de condenações penais de sacerdotes e religiosos em outros países é parecido, embora em nenhum país se disponha de um estudo completo como aquele feito pelo John Jay College. Cita-se frequentemente uma série de relatórios governamentais na Irlanda que definem como “endêmica” a presença de abusos nas escolas e nos orfanatos (masculinos) administrados por algumas dioceses e ordens religiosas, e não há dúvida de que casos muito graves de abusos sexuais de menores nesse país realmente aconteceram. O exame sistemático desses relatórios mostra, ademais, como muitas acusações se referem ao uso de meios de correção excessivos ou violentos. O assim chamado Relatório Ryan de 2009 – que usa uma linguagem muito dura em relação à Igreja Católica – reporta, no período que investiga, a partir de um universo de 25.000 alunos de escolas, reformatórios e orfanatos, 253 acusações de abusos sexuais de meninos e 128 de meninas, nem todos atribuídos a sacerdotes, religiosos ou religiosas, de diversa natureza e gravidade, raramente referidos a menores impúberes e que, ainda mais raramente, levaram a condenações. As polêmicas dessas últimas semanas sobre a Alemanha e a Áustria exibem uma característica típica dos pânicos morais: apresentam-se como “novos” fatos que aconteceram há muitos anos ou são – em alguns casos há mais de 30 anos – já conhecidos em parte. O fato de se noticiarem na primeira página dos jornais – com uma particular insistência no que toca à área geográfica da Bavária, de onde vem o Papa – ocorrências dos anos 1980, como se houvessem ocorrido ontem; e de se suscitarem polêmicas violentas, com um ataque concêntrico que anuncia todo dia, em estilo escandaloso, novas “descobertas”, mostra bem como o pânico moral é promovido por “empreendedores morais” de forma organizada e sistemática. O caso que – como alguns jornais publicaram – “envolve o Papa” é um exemplo de manual escolar: refere-se a um episódio de abusos na Arquidiocese de Munique, da qual era arcebispo o atual Pontífice, que remonta a 1980. O caso veio à tona em 1985 e foi julgado por um tribunal alemão em 1986; no julgamento ficou provado, entre outras coisas, que a decisão de acolher na arquidiocese o sacerdote em questão não foi tomada pelo cardeal Ratzinger e não era sequer do seu conhecimento, o que não admira numa grande diocese com uma burocracia complexa. Por que um jornal alemão decide exumar esse caso e publicá-lo na primeira página vinte e quatro anos depois da sentença, isto, sim, deveria ser a verdadeira questão. Uma pergunta desagradável (...), mas importante, é se ser um padre católico é uma condição que comporta um risco de se tornar pedófilo ou de abusar sexualmente de menores (como se viu, as duas coisas não coincidem, pois quem abusa de uma menina de dezesseis anos não é um pedófilo) mais elevado em relação ao resto da população. Responder a essa pergunta é fundamental para descobrir as causas do fenômeno e assim preveni-lo. Segundo os estudos de Jenkins, se se compara a Igreja Católica dos EUA às principais denominações protestantes se descobre que a presença de pedófilos é – dependendo das denominações – de duas a dez vezes mais alta entre os pastores protestantes do que entre padres católicos. A questão é relevante porque mostra que o problema não é o celibato: a maior parte dos pastores protestantes é casada. No mesmo período em que uma centena de sacerdotes americanos era condenada por abuso sexual de menores, o número de professores de educação física e técnicos de equipes esportivas juvenis – também esses em sua maioria casados – julgados culpados do mesmo delito pelos tribunais americanos atingia os seis mil. Os exemplos poderiam continuar, não só nos EUA. E, sobretudo, segundo os relatórios periódicos do governo americano, cerca de dois terços das doenças sexuais de menores não são transmitidas por estranhos ou professores – incluindo padres e pastores protestantes – mas por familiares: padrastos, tios, primos, irmãos e infelizmente também pais. Dados semelhantes existem em muitos outros países. Embora seja pouco politicamente correto dizer isto, há um dado que é muito significativo: mais de oitenta por cento dos pedófilos são homossexuais, machos que abusam de outros machos. E – para citar ainda uma vez Jenkins – mais de noventa por cento dos sacerdotes católicos condenados por abuso sexual de menores e pedofilia são homossexuais. Se na Igreja Católica houve de fato um problema, este não foi o celibato, mas uma certa tolerância em relação ao homossexualismo nos seminários, particularmente nos anos 1970, quando foi ordenada a grande maioria de sacerdotes posteriormente condenados pelos abusos. É um problema que Bento XVI está corrigindo vigorosamente. O retorno à moral, à disciplina ascética, à meditação sobre a verdadeira, a grande natureza do sacerdócio são o antídoto definitivo contra as tragédias reais da pedofilia. Também para isso deve servir o Ano Sacerdotal. Quanto a 2006 – quando a BBC colocou no ar o lixo-documentário do parlamentar irlandês e ativista homossexual Colm O’Gorman – e 2007 – quando [Michele] Santoro veiculou a versão italiana em Annozero [programa televisivo da RAI] – não há, na verdade, muito de novo, exceto a crescente severidade e vigilância da Igreja. Os casos dolorosos de que se fala nestas últimas semanas nem sempre são inventados, mas aconteceram há mais de vinte ou trinta anos. Ou, talvez, exista algo de novo. Por que exumar em 2010 casos velhos ou muito frequentemente já conhecidos, ao ritmo de um por dia, atacando cada vez mais diretamente o Papa – um ataque, ademais, paradoxal, se se considera a grande severidade do cardeal Ratzinger, primeiro, e de Bento XVI, depois, em relação a esse tema? Os “empreendedores morais” que organizam o pânico têm uma agenda que se revela sempre mais claramente, e que nada tem a ver com a efetiva proteção das crianças. A leitura de certos artigos nos mostra como – às vésperas de decisões políticas, judiciais e também eleitorais, por toda Europa e no mundo, sobre temas como a utilização da pílula RU486, a eutanásia, o reconhecimento das uniões homossexuais, em que a voz da Igreja e do Papa se ergue, quase isolada, na defesa da vida e da família – lobbies muito poderosos tentam desqualificar preventivamente essa voz com a acusação mais infamante e, hoje, infelizmente, também mais fácil: a de favorecer ou tolerar a pedofilia. Estes lobbies mais ou menos maçônicos manifestam o poder sinistro da tecnocracia, evocado pelo próprio Bento XVI na encíclica Caritas in Veritate e a denúncia de João Paulo II, na mensagem da Jornada Mundial da Paz de 1985 (de 8.12.1984), a propósito das “intenções ocultas” – ao lado de outras “abertamente propagandeadas” – “voltadas a subjugar todos os povos a regimes nos quais Deus não importa”. De fato, esta é uma hora de trevas, que traz à mente a profecia de um grande pensador católico do século XIX, Emiliano Avogadro della Motta (1798-1865), segundo o qual às ruínas deixadas pela ideologia laicista se seguiria uma autêntica “demonolatria” que se manifestaria particularmente no ataque à família e à verdadeira noção do matrimônio. Restabelecer a verdade sociológica sobre pânicos morais em tema de padres e pedofilia por si só não resolve os problemas e não paralisa o lobby, mas pode constituir ao menos uma pequena e devida homenagem à grandeza de um Pontífice e de uma Igreja feridos e caluniados por não se resignarem a calar sobre a vida e a família.
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Massimo Introvigne é sociólogo italiano. O texto original está no site do CESNUR - Centro Studi sulle Nuove Religioni (http://www.cesnur.org/2010/mi_preti_pedofili.html).
Traduzido por Miguel Nagib.

domingo, 24 de janeiro de 2010

BRASILEIRO RECLAMA DO QUÊ?

ffala Galera, tudo bem?

Recebi esse email muito interessante de um amigo (cujo autor não consegui desccobrir), que decidi repassar pois se trata de um comportamento do brasileiro médio, em que por vezes incorremos em um ou outro dos pontos elencados!

Abs

Armandão

Texto: BRASILEIRO RECLAMA DE QUÊ?

Autor: recebi de um amigo um email já a ele repassado, cujo remetente original provém de endereço eletrônico desconhecido.

“Tá reclamando do Wellington Salgado? Do Sarney? Do Collor? Do Renan? Do
Palocci? Do Jucá? Do sapo barbudo? Do Kassab? Do Arruda?



O brasileiro é assim:

1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.

3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.

4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento,tijolo, dentadura.

5. - Fala no celular enquanto dirige.

6. -Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.

7. - Para em filas duplas, triplas em frente às escolas.

8. - Viola a lei do silêncio.

9. - Dirige após consumir bebida alcoólica.

10. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.

11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.

12. - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.

13. - Faz " gato " de luz, de água e de tv a cabo.

14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto.

16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.

17. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou R$10 pede nota fiscal de R$20.
18. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.

19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.

21. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.

22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.

23. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar a passagem.

24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

25. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.

26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo.

27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.

28. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.

29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.

30. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

E quer que os políticos sejam honestos...

Escandaliza-se com a farra das passagens aéreas...

Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo não ou não?

Brasileiro reclama de quê, afinal?


Conclusão: E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!

Vamos dar o bom exemplo!

Espalhe essa idéia!

Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) nosso planeta, através dos nossos exemplos”.


Comentários: Fernando Teixeira, Eng. Naval POLI-USP

“Amigos!

É um dos e-mails mais verdadeiros que recebi!

A mudança deve começar dentro de nós, nossas casas, nossos valores, nossas atitudes!”

COMENTÁRIO DO AUTOR DO BLOG: ASSINO EM BAIXO!!!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Tempo de recomeçar!

Fala rapaziada, tá um calor do carvalho!

Segue uma primeira postagem do ano para tentar diminuir o efeito do calor!

abs

Armandão

Espantando o velho

Estava eu a caminhar hoje em direção ao meu itinerário preferido o Forte da Urca... Disse cá pro meus botões: trote de velho até o forte...demorou! Vamô nessa! Tem dias assim comigo: nem com reza braba adianta! Só consigo melhorar a forçar de passear o “veio” e cansá-lo para poder dormir à noite... quando o calor aqui do Rio deixa!

O pior de ficar velho não é a situação em si, própria da condição humana. A pior parte é não aceitar as limitações e querer dar uma de que “você ainda pode garotão!”. Outro sintoma de senilidade é querer que o mundo reconheça a sua importância: “afinal no passado eu fiz esta contribuição”, “sugeri aquela mudança que resultou num incremento de produção de 70%”, “escrevi um livro que é referência ainda hoje” e poder-se-ia desfiar a uma grande ladainha da autocontemplação e da autocompaixão – duas doenças que precedem à esquizofrenia!

Mas o que mata mesmo é LEVAR-SE À SÉRIO! “No ano tal fulano levantou o dedo pra mim e isso não fica assim! Eu perdôo, mas não esqueço, tome tento”! Resultado: NÃO SE PERDOOU NADA NEM A NINGUÉM! “Em 1992 eu fui despedido injustamente”; “Em 17/05/2003 sofri aquela desconsideração daquele parente - justo no dia do meu aniversário”...(esse é um veneno mortal conhecido pelo nome técnico de orgulho, que costuma andar de mãos dadas com a vingança, dando voltas e voltas pela praia da amargura!).

Como dizia um velho médico amigo, muito sabiamente: “Dá pra cuspir quadrado? Então esquece o passado!”. De fato, é um pouco virulento e grosso, mas só assim é que consigo tirar um pouco da “peninha do próprio eu” – esse câncer que tenta me corroer por dentro! Vá de retro Satanás! Autocompaixão é a PQP!

Não se leve muito a sério; compreenda que os outros na maior parte das vezes, querendo acertar, também falham e justamente conosco (assim como nós falhamos com eles, também querendo fazer o certo metemos os pés pelas mãos, falamos o que não devíamos,passamos do ponto, fizemos um barraco por nada...). Outro dia li a definição de homem dado por um filósofo espanhol: o homem por si é um ser carente! De fato, precisamos dos outros mais do nunca na infância e na velhice. Queremos mostrar uma certa autosuficiência na juventude e na maturidade quando temos “força” e “dinheiro”. O homem/mulher adora de ser chamado de self made man! Que adianta ter dinheiro, poder viajar para onde quiser, “entrar no restaurante e não olhar pro lado direito do cardápio – eu posso pedir o que quiser – e não ter amigos e não ter família”! Na primeira doencinha a nossa fortaleza se desmonta! Na primeira crise financeira mais séria, como a última de setembro de 2008, as nossa finanças vão para o saco!

A vida é curta, mas pode ser muito boa! Para terminar cito umas frases de um velho samba do Nelson Cavaquinho:

“Me dê seu sorriso na vida,
O carinho e a mão amiga,
Para aliviar meus aís,
Depois, quando eu me chamar saudade,
Não preciso de vaidade,
Quero preces e nada mais!”

Comece a valorizar-se valorizando e perdoando os teus mais próximos!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Fim do Ano de 2009

Fala Galera, tranquilidade?

Segue uma cronicazinha para fechar o ano de 2009! Grande 2010!

Abs

Armandão

Vesti uma camisa listrada e saí por aí

Tava terminando o ano de 2009 e começou a bater um baixo astral de lascar: perdi cabelo, engordei 10 quilos, dpc (depressão pós calculo - tomei pau em cálculo 4 pela terceira vez), zero bala na account, minha mãe torrando as paciências pra passar o fim de ano na casa da Nona em São Fidelis...

Foi um ano desses brabos! Colocando os óculos escuros do pessimismo, eu estava vendo a bancarrota pessoal. Possibilidade de efetivação no estágio ínfima, depois de discutir tolamente com o chefe...

Foi aí que me lembrei de um samba de breque antigo do Moreira da Silva que dizia: “Vesti uma camisa listrada e saí por aí”! Peguei uma camisa surrada da Portela, azul desbotada e branca, e resolvi dar uma volta pelo Aterro e curtir um pouco o sol.

Descendo no elevador dei de cara com a Tereza, enfermeira do Carlinhos, e o próprio em cadeira de rodas, um engenheiro aposentado precocemente da Petrobras, após um acidente de carro. Ele está meio fora de jogo e nem consegue falar, mas sorriu ao ver-me antes de entrar no seu mundo pessoal. Aquilo foi um aguilhão para mim. Afinal, não estou nenhum Apolo, mas os meus achaques estão sob controle! O elevador chegou ao térreo e despedi da moça desejando um bom 2010.

Ia cruzando a Paissandu com a Senador Vergueiro e encontrei o seu Gaetano – dono da ex-famosa falida casa de doces Suprema -, um italiano bem humorado que estava tentando recomeçar os negócios. “Che se poi fare bambino? La vita é cosi”!- disse-me em tom jocoso, enquanto desfrutava de um cornetto, sem maiores cerimônias. Finalizou com o clássico “ciao” e foi indo em direção da sua casa na Barão do Flamengo. Pensei cá comigo: “pelo menos as coisas lá em casa não estão tão ruins, meu pai ta há mais de 10 anos na mesma empresa e este ano foi promovido a gerente”!

O meu estado de ânimo já estava começando a melhorar, quando principiou a dar cambalhotas! Avistei o Herriot, um sujeito maneiríssimo da UFRJ, pra quem nunca tem tempo ruim e que sempre tem uma piada divertida na ponta da língua! Aliás, várias, quando ele começa é difícil parar! Não se pode estar infeliz ao seu lado! Resolvemos tomar uma vitamina C (cevada da boa) o que definitivamente levantou o moral da tropa!
Pena que ele estava meio com pressa e a dose teve que ser abreviada. Mas valeu!

Tomei a pista em direção a Botafogo. Ao chegar ao fim da pista, fiz umas barras e bati o meu recorde: 6 consecutivas! Para um 4.5 cilindradas não está tão mau! Decidi dar então uma corridinha, trote de coroa, mas cheguei até o forte da Urca! Ah muluque safado! Desse jeito vou correr a “maratoma” de Blumenau - no próximo Oktober Fest!

Chegando em casa de espírito renovado, fui abrir o email e li a mensagem: segunda chamada de cálculo 4 dia 10/02/2010, somente para formandos! Dei um beijo na velha, que não entendeu muito a minha reação e fui pra São Fidelis sem queixumes! Pelo menos a Nona faz um gnochi com braciola de lamber os beiços!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

London Time Conference December 2009






Hi everybody, what's up?

I was in London recently and I met nice people there, although I felt a little like Caetano Veloso’s feelings when he has withdrawal to the Brazilian scene in the sixties, due to his politics opinion against the former government at that time and had to live in London for few years. Do you remember the old song? Below you will find out its lyric and the guitar positions:

Singer and compositor: Caetano Veloso (1971)
Music: London, London
Guitar Positions: D A/C# Bm A

D A D
I'm wandering round and round, nowhere to go
G A D
I'm lonely in London, London is lovely so
G A
I cross the streets without fear
D Bm
Everybody keeps the way clear
G A D
I know I know no one here to say hello
G A
I know they keep the way clear
D Bm
I am lonely in London without fear
G A D
I'm wandering round and round, nowhere to go

G A G A D
Chorus: While my eyes go looking for flying saucers in the sky (2x)

D A D
Oh Sunday, Monday, Autumn pass by me
G A D
And people hurry on so peacefully
G A
A group approaches a policeman
D Bm
He seems so pleased to please them
G A D
It's good to live, at least, and I agree
G A
He seems so pleased, at least
D Bm
And it's so good to live in peace
G A D
And Sunday, Monday, years, and I agree

G A G A D
Chorus: While my eyes go looking for flying saucers in the sky (2x)
D A D
I choose no face to look at, choose no way
G A D
I just happen to be here, and it's ok
G A
Green grass, blue eyes, grey sky
2x D Bm
God bless silent pain and happiness
G A D
I came around to say yes, and I say

G A G A D
Chorus: While my eyes go looking for flying saucers in the sky

See some photos:


Having in mind all the Brazilians problems and challenges (poverty, violence, GDP -Gross Domestic Product- bad sharing and so on),THAT MUST BE CHANGED BY US, please keep in mind: Brazil is a God’s gift! You see very poor people in the street smiling (even if they do not have no food), black and white living together in peace even getting marry (nevertheless people from the left side are claiming for racism here, mainly the guys from Workers’ Party wish to introduce it with the “politically correct” way of life terms… which seems ridiculous), Jew and Muslim friendship relations (I testified it in my University), Natural Beauty etc etc etc

Which is much remarkable for conscious Brazilians is the foreign admiration that our President Mr. Lula (a ignorant proud to be not educated and with the luck in his side, considering the good economic wave he has surfed, no merit to him except to maintain the former President Cardoso’s economic formula) has caught from Europe and USA. But let’s forget this fool!

We have too much too much to learn with English people (education, organization, proactive ness attitude, work capacity etc) but they in the same manner could learn too much from our way of life!

Let’s play the game together!

Amplexus,

Big Armando

sábado, 19 de dezembro de 2009

Proximidade do Natal

Fala Galera, tudo beleza?

Chegando perto do Natal, a gente amolece, até esqueça do penta roubado ganho pelo urubu!

O Natal é sempre uma oportunidade de descobrirmos quem é o verdadeiro homenageado: Cristo, que desde a gruta de Belém nos dá uma grande lição de humildade!

Para aqueles que estão começando agora sua vida profissional seguem uns conselhos de um inglês amigo meu (Jonny Due)Ah muluque!

Feliz Natal e grande 2010!

Give it up is too easy, requiring no additional efforts only been accompanied by the self-pity, which in many circumstances is equivalent to the personal proud! Do not forget: many people like your family, your best friends and even your enemies strongly depending on your tuff! Struggle till the battle deadline! After the bullets of self-confident are finished begins the real war bayonet by bayonet, and only the hurtled soldiers will receive the Crown of Glory!

Many times youth people have an incredible professional starting, increasing their self-confidence feed by the false pride! Keep in mind: if you are going to be showered with praise as a result, which is something at least! Failures are usual in the learning process of life! Even if you suffer the pain of be fired in your first job it means nothing! Do not look for excuses, self-justifications or even logical reasons! Perhaps they do not exist! Sometimes this is the best thing for us in order to value real important stuffs as such family life times.

In other hand, big fails at the beginning are not our professional death neither the finish of a big carrier! The majority of the human bens do not receive the acknowledging in short term basis. It needs too many years – perhaps more than 10 – to achieve a good skill professional level!

Therefore, you have a long homework to do! Start now! The end point of Tomorrow road is the Neverland Square! Do not postpone the main DECISIONS! Hodie et nunc! Today and now!

domingo, 22 de novembro de 2009

Assim se brigava antigamente

Fala galera, beleza?

Segue um relato de como era o casamento dos tempos que conheci de criança. Hoje que se fala em tolerãncia, qualquer briguinha vira caso de divórcio. Nunca vivemos em uma sociedade tão intolerante como a de hoje!
Abs

Armandão

Assim se brigava antigamente

--- Ô Ester...cadê a tua filha? Aquela mosca morta nem compra pão na padaria!
--- Totonho, você fez curso de chato por correspondência ou é graduado em Harvard? Vê se larga do meu pé! A tua filha ta em idade de sair por aí, divertir-se um pouco! Pelo menos tem o direito de esquecer que seu pai é louco!
--- Já vem você me rebaixar. Só por que eu não sou médico como o teu irmão Osmar! Quem mandou você me olhar? Eu não pude estudar e tive que agüentar 38 anos de Bradesco para sustentar o lar!
--- Vai começar a ladainha? Daqui a cinco minutos vai falar o nome de cada um da diretoria do banco que não enxergou o teu potencial... que você foi sempre preterido...ensinou os filhos dos diretores a trabalhar...que foi o primeiro nos cursos de treinamento...que perdeu várias oportunidades de deixar o banco, mas preferiu ser fiel ao patrão etc, etc, etc...Deixa de resmungar e toca a vida para frente!
--- O que é que você pensa? Com 73 anos vou voltar a trabalhar, enfrentar busão todo dia?
--- Então não reclama da aposentadoria! Homem em casa é pior que maionese estragada! Ou dá asia ou dá indigestão! Vai balançar o esqueleto por aí! Arruma um bico, vai à praia e corre, sei lá, entra num curso de fotografia para terceira idade!
--- Você gosta de me chamar de velho, mas não larga desse osso! Você é carne de pescoço! Você parou na minha desde que me viu pela primeira vez, lá na Vila da Penha!
--- Você se acha, meu bem! Olha a tua silhueta: barriguinha de cerveja, andar de corcunda, passos arrastados, breguilha semiaberta...vou botar um espelho tamanho natural no nosso quarto para você se contemplar! Aí você verá com seus próprios olhos a verdade nua e crua, que faz questão de não enxergar!
--- Quando você fica brava, fica mais bonitinha! Parece a tua falecida tia, a Alzira, que era doida para dar um chilique e cair nos braços do teu tio Waldemar aos prantos! Era tudo misancene! Mulher gosta de romance, de cena de novela das oito! Me engana que eu gosto, neném!
--- Você queria o que mesmo hoje para o almoço? Caviar? Não vai ter nem bife a role se essa conversinha continuar!
--- Bife a role é comida de office boy! Vê se faz uma bisteca, daquelas de lamber os beiços...afinal amanhã a gente faz 50 anos de casados!
--- Só Deus foi capaz de me fazer agüentar você! Urinando fora do vaso, fumando no nosso quarto, roncando à noite toda...mas ainda assim gosto de você! Sempre um bom pai, trabalhador...
--- Dessa vez não caio na tua! Não vou listar os teus defeitos! Para cada trejeito a mulher tem um truque perfeito! Chora não, coração!